Porque eles são os melhores naquilo que fazem...e também os mais novos.

Venha daí conhecêlos!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Joana Marchão

Gostava de começar por uma rapariga bem novinha,13 anos.
"Joana, a dona da bola", por Isabel Osório


Joana Marchão, jogadora do Tomar (DR)


Joana, a dona da bola

O que mais me agrada na vida é a diferença! Acho fantástico existir por esse Mundo fora paisagens diferentes, cidades diferentes e, sobretudo pessoas diferentes! Imaginem se TUDO fosse igual… que tédio que seria viver neste Mundo! Durante a nossa vida somos educados por uma série de estímulos, quer vindos dos nossos pais, amigos, sociedade em que vivemos, do Mundo em que nos encontramos, do treino que fazemos… É esta variedade de estímulos que torna cada um de nós ÚNICO! Assim, esta diversidade permite-nos adquirir um padrão de comportamentos que tornam o nosso País único, a nossa família única, a nossa equipa única, sem que isso nos torne iguais.

Desde sempre agarrada à bola e no meio dos rapazes, a excepção no meio da regra! Mas será que se sente diferente? Acredito que não! Sabemos que ninguém nasce futebolista, é uma adaptabilidade que ocorre com a prática, em contextos diferentes. Quer no jardim ou quarto com o irmão, quer no treino com os colegas, quer na escola ou rua com os amigos, o futebol, a bola e a Joana andam juntos. É uma aprendizagem individual e colectiva, de acção e interacção com tudo e todos, onde a influência dessa prática será de certeza diferente de criança para criança. Ela é ÚNICA! Jogar com rapazes não é para muita gente o mais indicado, a razão que alegam (ou pelo menos uma delas) é a questão física, morfológica. Os rapazes podem ser mais rápidos, saltar mais alto, mas será que as Joanas deste país por serem diferentes não irão procurar novas “ferramentas de sobrevivência” para conseguirem chegar lá primeiro? E com a prática não conseguirão elas terem sucesso no meio dos rapazes?

No futebol existe a lei do mais inteligente, daquele que antecipa, daquele que vê, e não do mais apto. Se as Joanas deste país não têm possibilidades de jogarem com miúdas das suas idades, se têm a possibilidade de vivenciarem um processo de formação e, se possuem talento para jogar futebol, quer seja com rapazes ou raparigas, devem jogar. Mas ser única não lhe chega para jogar futebol! Tem de ser igual! Para todas as Joanas deste país…

(Texto: A Bola é Minha)

Sem comentários:

Enviar um comentário